Cozinha italiana de fundo. Refogado de alho, muito alho. Umas marteladas numa chave de fendas junto à cortiça e improvisa-se um saca-rolhas. Minutos mais tarde o vizinho a tocar à porta a queixar-se dos sapatos de salto alto às 6h da manhã.
Desculpe, importa-se de repetir? Mas nós ainda não estamos cá a viver sequer...
(e se estivéssemos!!!)
Voltamos à cozinha entre pensamentos alvoraçados. Onde termina a razoabilidade e começa o capricho? Quem decide o limite entre direito e dever... respeito e desrespeito...? Às vezes custa-me viver!! Não tanto por mim, mas pelos outros. Perdoem-me a arrogância de certas palavras...
Na cozinha, a(s) frase(s) da noite:
- Tenho este vício terrível de ir comendo enquanto cozinho.
Ela ri-se e completa...
- E eu tenho este vício de ir bebendo enquanto cozinho.
O jantar serve-se na sala. Vinho branco com fragmentos de cortiça. Sobremesa: fondue de chocolate. A pêra continua a ser a minha preferida. A noite avança. Falamos de tudo e de nada. Como quem passa os dias juntos mas não necessariamente em conjunto.
Para a próxima vamos pedir um saca-rolhas ao vizinho de baixo. Ainda encontro pedacinhos de rolha perdidos entre a minha perplexidade e a minha razão.
3 comentários:
vizinhos.. pois que dizer dos vizinhos... acho que infelizmente ainda vamos ter muitas historias para contar... enfim mas com um sorriso no rosto e muita estupidez natural... sozinhas ou em conjunto saberemos ligar com eles... eles que venham eles que venham....
Siiiiiiiiiiiim!!!
Peace & love.
Espírito zen.
Dar a outra face.
Chills!!!
Mas...
(e tinha que haver um mas)
...há um ditado açoreano que diz "quanto mais a gente se baixa, mais se nos vê o rabo."
lololol ;)
gosto mais do
"só se poe carga no camelo porque ele se ajoelha"
ah, e prepara o palato.... para o pato...
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