quarta-feira, agosto 26, 2009

Lembro-me de ser pequenina e de num instante, sem qualquer pré-aviso, ser só areia à minha volta, o corpo enrolado, a cabeça à roda, tudo às voltas. De me faltar o ar, de achar que aquele momento não acabaria, de ser o fim, o meu fim. E de uma mão grande me puxar lá de dentro, num ápice, de volta à superfície e à realidade, para sorver o ar novamente.

Era assim...
Quão rápido o turbilhão, mais célere o meu Pai me salvava dessa onda que me (nos) tinha enrolado. É sempre bom ter um Pai à mão quando isto acontece.

O tempo passa, os anos dão lugar a adultos outrora crianças. Atrás de uma dor uma alegria, atrás de uma lágrima um sorriso, atrás de uma desilusão uma gargalhada. O tempo passa e eu resisto, eu desisto... Nunca percebi se antes preferia ser criança toda a vida. Às vezes, poucas vezes, algumas vezes, dou por mim sempre à espera de uma mão qualquer que me venha tirar da onda. Do turbilhão salgado que é crescer.

Felizmente há bálsamos que me voltam a centrar no que é IMPORTANTE. Descansar o olhar por outras vistas... dizia ela, a que me ensinou o seu significado.

Hoje vou fazer pic nic no Adamastor, sentir o pôr do sol na minha face, conversar em silêncio, refastelar-me com um espectáculo de Teatro e mesmo ao final do dia, já noite, abraçar o meu sobrinho. Adormecer depois com um sorriso ao lado do A. superando tudo o que alguma vez imaginara sobre ele, sobre nós...


Tudo isto me parece bem à altura do meu Pai!!

quinta-feira, agosto 20, 2009

Ah leão...



Agora sim... com uma musiquinha de fundo mais agradável aos ouvidos e à alma.
Obrigada Dalila pela partilha...