Lembro-me de ser pequenina e de num instante, sem qualquer pré-aviso, ser só areia à minha volta, o corpo enrolado, a cabeça à roda, tudo às voltas. De me faltar o ar, de achar que aquele momento não acabaria, de ser o fim, o meu fim. E de uma mão grande me puxar lá de dentro, num ápice, de volta à superfície e à realidade, para sorver o ar novamente.
Era assim...
Quão rápido o turbilhão, mais célere o meu Pai me salvava dessa onda que me (nos) tinha enrolado. É sempre bom ter um Pai à mão quando isto acontece.
O tempo passa, os anos dão lugar a adultos outrora crianças. Atrás de uma dor uma alegria, atrás de uma lágrima um sorriso, atrás de uma desilusão uma gargalhada. O tempo passa e eu resisto, eu desisto... Nunca percebi se antes preferia ser criança toda a vida. Às vezes, poucas vezes, algumas vezes, dou por mim sempre à espera de uma mão qualquer que me venha tirar da onda. Do turbilhão salgado que é crescer.
Felizmente há bálsamos que me voltam a centrar no que é IMPORTANTE. Descansar o olhar por outras vistas... dizia ela, a que me ensinou o seu significado.
Hoje vou fazer pic nic no Adamastor, sentir o pôr do sol na minha face, conversar em silêncio, refastelar-me com um espectáculo de Teatro e mesmo ao final do dia, já noite, abraçar o meu sobrinho. Adormecer depois com um sorriso ao lado do A. superando tudo o que alguma vez imaginara sobre ele, sobre nós...
Tudo isto me parece bem à altura do meu Pai!!
Era assim...
Quão rápido o turbilhão, mais célere o meu Pai me salvava dessa onda que me (nos) tinha enrolado. É sempre bom ter um Pai à mão quando isto acontece.
O tempo passa, os anos dão lugar a adultos outrora crianças. Atrás de uma dor uma alegria, atrás de uma lágrima um sorriso, atrás de uma desilusão uma gargalhada. O tempo passa e eu resisto, eu desisto... Nunca percebi se antes preferia ser criança toda a vida. Às vezes, poucas vezes, algumas vezes, dou por mim sempre à espera de uma mão qualquer que me venha tirar da onda. Do turbilhão salgado que é crescer.
Felizmente há bálsamos que me voltam a centrar no que é IMPORTANTE. Descansar o olhar por outras vistas... dizia ela, a que me ensinou o seu significado.
Hoje vou fazer pic nic no Adamastor, sentir o pôr do sol na minha face, conversar em silêncio, refastelar-me com um espectáculo de Teatro e mesmo ao final do dia, já noite, abraçar o meu sobrinho. Adormecer depois com um sorriso ao lado do A. superando tudo o que alguma vez imaginara sobre ele, sobre nós...
Tudo isto me parece bem à altura do meu Pai!!
3 comentários:
ñ tenho em absoluto capacidade para ser mão que te tira do turbilhão, não posso ser bálsamo que te descansa, mas tento sempre ser presença quando não posso ser mais nada.. estou aqui. bom pic nic!*
Assim, sim! Porque andamos todos no mesmo turbilhão e vivemos por esse bálsamo que é o ar que engolimos quando nos puxam da onda.
Haja sempre mãos para nos levantar da espuma, porque o turbilhão, esse, estou convencida que é uma constante.
Beijo da tua M.
A presença dessa força anímica e protectora que é a mão que nos resgata desses turbilhões, ainda que seja apenas com uma palavra amiga, é muitas vezes fulcral à sanidade mental de cada um.
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