E se as andorinhas não chegarem na Primavera?
E se as árvores não se despirem no Outono?
E se o sol resolver tirar férias no Verão?
E se o calor que sai da boca no Inverno for mais frio que o ar no exterior?
Agosto. Meio de Agosto e quente a água do meu banho matinal. H2O a +/- 50ºC, um aconchego para o frio que se faz sentir. Tempos de mudança, é o que se vive. Ontem chegou a chover.
Já não se fazem Agostos como antigamente... ;)
Há quem culpe o aquecimento global e todas as barbáries que o Homem comete, nesta sede desenfreada de TER em vez de SER. As emissões de CO2, NOx, SOx... os carros, a indústria... tudo para justificar uma possível catástrofe natural.
Mas não há por que apurar responsabilidades. Mais que centrar no problema é fundamental encontrar/procurar uma solução.
A árvore ficará nua, completamente nua, frágil, desprotegida... para na Primavera voltar a florir.
Inevitabilidades dos tempos.
1 comentário:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
Luís de Camões
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